Especialistas apresentam Plano de Ação de Emergência da Usina de Funil

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Crédito: José Lins
Barragem da Usina de Funil, em Itatiaia (RJ)

 

Especialistas de FURNAS receberam nesta quarta-feira (10/04), na Usina de Funil, agentes públicos de municípios localizados a jusante da barragem do empreendimento. O objetivo foi apresentar o Plano de Ação de Emergência (PAE), que é parte integrante do Plano de Segurança de Barragens, elaborado pela companhia, para a UHE Funil e Dique de Nhangapi. 

Na abertura, o gerente de operações de Funil, Luis Eduardo de Souza Correa, agradeceu a presença dos participantes que fazem parte de 12 municípios vizinhos à usina, de Itatiaia até Três Rios. “Enviamos o PAE a vocês em fevereiro de 2018 e o objetivo do encontro de hoje é estreitar o relacionamento com todos, para apresentar as características técnicas e operacionais da usina e seus controles de segurança estrutural”, lembrou.

O engenheiro civil Ricardo Moreira Soares, um dos responsáveis pela segurança de barragens de FURNAS, apresentou o plano de gestão referente à análise de comportamento estrutural da UHE de Funil e Dique de Nhangapi, atestando a condição de normalidade e desempenho das estruturas. “Somos regularmente auditados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e em maio, por exemplo, está prevista uma nova inspeção. O Plano de Segurança de Barragens (PSB) é o arcabouço das informações a respeito do assunto. Sua estrutura foi implementada com base na resolução nº 236 de 30/01/2017, da Agência Nacional de Águas (ANA), em conformidade com a Lei de Segurança de Barragens, nº 12334/2010, e a Resolução Normativa nº 696/2015 da ANEEL”, detalhou. 

O engenheiro civil Gustavo Spiegelberg, especialista em hidrodinâmica de FURNAS, apresentou os estudos de ruptura hipotética (dam break) da barragem de Funil e falou sobre a utilização do software (HEC-RAS 2D – desenvolvido pelo US Army Corps of Engineers), do exército norte-americano para esse acompanhamento. “Trata-se de um estudo amplo, que abrange desde a Usina de Funil até UHE Anta, em Três Rios”. Com base em informações como topografia, batimetria e mecanismos de ruptura, foi possível desenvolver estudos de modelagens que simulam os efeitos de um colapso dos barramentos. Spiegelberg também apresentou o tempo de chegada da onda, nível máximo da água e a mancha máxima de inundação. “FURNAS está à disposição de vocês, agentes públicos, que podem contribuir muito nesse processo, com a elaboração do Plano de Contingência para a Zona de Autossalvamento (ZAS), por conhecerem bem a região”, concluiu.

Todos os Planos de Segurança de Barragens das usinas do Sistema FURNAS já foram entregues aos órgãos municipais e estaduais dentro dos prazos previstos na lei. Essas informações vão subsidiar as ações tomadas pelos órgãos municipais e estaduais legalmente constituídos, como as Prefeituras, Polícias, Bombeiros e Defesa Civil. São esses órgãos que criarão um Plano de Contingência para cada região e situação. Devem ser determinadas pelas Defesas Civis as rotas de fuga, pontos de encontro, sistemas de alerta, entre outros.

Projetos de barragens de hidrelétricas são concebidos a partir de estudos criteriosos, passam por inspeções de campo periódicas e contam com ferramentas próprias de auscultação durante todo período de operação, o que permite monitorar o comportamento das estruturas dentro dos níveis de segurança definidos nos critérios de projetos.

Com base nos PAEs enviados às respectivas prefeituras, ficou o compromisso de elaboração dos respectivos Planos de Contingência, estes a cargo das Defesas Civis envolvidas. Dos doze municípios participantes, estiveram presentes representantes da CIPA da Usina de Funil, oficial representante da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) de Resende, vice-prefeitura e Secretaria Municipal de Obras de Itatiaia, Defesa Civil de Valença, Prefeitura, Secretaria de Governo, Diretoria-geral da Defesa Civil, Guarda Municipal, ambos do município de Resende, Secretaria de Governo e Defesa Civil de Pinheiral.
 

Por: Natália Fernandes