Urbanização

Infraestrutura e qualidade de vida

O espaço urbano das cidades de Itumbiara (GO) e Araporã (MG) guarda elementos da construção da Usina de Itumbiara. A Usina de Itumbiara assumiu papel integrador no ambiente local, fomentando o desenvolvimento e a qualidade de vida.

Para construir a usina, FURNAS abriu e realocou estradas, desenvolveu sistemas elétricos de transmissão e telefonia e introduziu novo padrão de residências com a construção de casas para as 33 famílias que residiam em uma pequena comunidade que ficou submersa.

Com o objetivode alojar seu pessoal e os operários contratados, a empresa implantou vilas em Araporã, com 600 casas, ambulatório médico, escola e clube social. Em Itumbiara, foram edificadas 192 residências.

De acordo com o historiador Sidney Pereira de Almeida Neto, a chegada de cerca de 6 mil trabalhadores a Araporã transformou a vida da cidade, movimentou o comércio local, gerou empregos e qualificou mão de obra.

Itumbiara ganhou um hospital para atender a demanda dos trabalhadores nas obras da hidrelétrica, posteriormente doado para o município. A implantação da usina propiciou à população local clube, campo de futebol, aeroporto e hotel, hoje transformado na sede da Prefeitura de Itumbiara.

As estações de tratamento de água das vilas residenciais também passaram à administração dos  municípios de Itumbiara e Araporã em 2000. A estação de Itumbiara foi posteriormente transferida para a Companhia Saneamento de Goiás (SANEAGO).

Ponte Affonso Penna

A ponte Affonso Penna, considerada a mais antiga ponte pênsil do Brasil, que liga as cidades de Itumbiara e Araporã, sobre o Rio Paranaíba, é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Cultural (IPHAN).

Considerada um marco para a integração do Estado de Goiás à vida econômica do País, a ponte foi inaugurada em novembro de 1909. Ainda hoje, é um dos símbolos mais importantes da cidade de Itumbiara e de Goiás.

Em função da instalação da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, no Rio Paranaíba, uma nova ponte, nomeada Ciro de Almeida, foi construída para ser o elo entre Minas Gerais e Goiás, com maior tamanho e estrutura de concreto, o que desativou a ponte Affonso Penna por certo período.

Porém, em 1974, a usina precisava reativar a ponte em desuso para ligar a vila dos engenheiros (localizada do lado de Itumbiara) à vila operária, construída em Araporã. Assim, a ponte Affonso Penna teve toda a sua estrutura de ferro e de aço cuidadosamente desmontada, reformada e transportada por 2,5 quilômetros rio abaixo por barcaças até o local onde se encontra hoje.