FURNAS promove segunda edição do painel Refugiados e a Empregabilidade no Brasil

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Crédito: Daniela Monteiro
Claudia Tenório na abertura do painel

 

"O Brasil é um país aberto à imigração. Eu vejo aqui um grande potencial apesar de todos os problemas sociais e econômicos que enfrenta. Hoje estou neste encontro para aprender e buscar oportunidades em minha área. Eu sou administrador de empresas, atuei como auditor interno de uma holding e quero me tornar um empreendedor".

A frase acima, de Carlos Alfredo Tejada, que chegou da Venezuela há um ano e dois meses com sua esposa e um casal de filhos, registrou sua expectativa ao participar da segunda edição do painel Refugiados e a Empregabilidade no Brasil, que aconteceu nesta terça-feira (3), no Escritório Central de FURNAS, no Rio de Janeiro.

O tema foi o Sistema Financeiro Brasileiro e contou com palestras de representantes do Instituto Sicoob, Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos Empregados de FURNAS (Cecremef) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Para Claudia Tenório, assistente social da Gerência de Responsabilidade Sociocultural (GRS.P), o objetivo do painel foi criar orientações para que os refugiados e imigrantes tenham possibilidade de reconstruir sua vida, fornecendo subsídios para este recomeço. FURNAS oferece cursos em parceria com o Banco da Providência e o Curso de Cuidador para propiciar a refugiados chances de colocação no mercado de trabalho do Rio de Janeiro.  

"Passamos por dificuldades, mas o brasileiro é sempre acolhedor. FURNAS não poderia ser diferente neste contexto e busca o progresso para todos", declarou Claudia Tenório.

Progresso vivenciado por Yennifer Rosalín, venezuelana que se formou no Curso de Cuidador e descobriu um novo talento: a costura. Ela abriu uma confecção própria e a batizou com o nome Alice, em homenagem à sua mãe. Em novembro, será lançado o livro "Valentes Histórias dos Refugiados no Brasil". Entre os relatos, está o seu. "A publicação será utilizada em escolas públicas como uma ferramenta na luta contra a xenofobia", enfatizou.

Já sobre o conteúdo do painel, Yennifer concluiu: "Vou analisar melhor as finanças e tomar cuidado com as linhas de crédito que o banco oferece antes que vire uma bola de neve".
 

Por: Eleonora Brazão