FURNAS alerta sobre o Dia Mundial de Combate à Aids

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Crédito: Aline Silva


É comemorado neste sábado (1/12), o Dia Mundial da Luta Contra AIDS. A campanha foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visa demonstrar a importância da abordagem ampla e correta do tema, visto que muitas vidas foram perdidas ou afetadas devido a estigmas errôneos e desinformação.

Em 1981, uma doença denominada Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS, na sigla em inglês) foi uma das principais causas de morte no cenário mundial. A doença parecia atingir a comunidade masculina homossexual nos Estados Unidos, mas o vírus se espalhou e não discriminou suas vítimas. Em 2007, a AIDS já havia levado 25 milhões de vidas.

No Brasil, cerca de 135 mil pessoas estão infectadas com HIV e não sabem, segundo o Ministério da Saúde.

A doença - O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é um vírus que se espalha através de fluídos corporais e afeta células específicas do sistema imunológico. Sem o tratamento antirretroviral, o HIV afeta e destrói essas células e torna o organismo incapaz de lutar contra infecções e doenças. Quando isso acontece, a infecção por HIV leva à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Ao contrário de outros vírus, o corpo humano não consegue se livrar do HIV.

Até o momento, não há previsões para sua cura. A terapia antirretroviral (ART), no entanto, pode diminuir expressivamente os índices de fatalidade e prolongar significativamente a vida de muitas pessoas infectadas pelo HIV, diminuindo as chances de transmissão da doença. É importante que as pessoas façam o teste de HIV e saibam desde cedo que estão infectadas para que os cuidados médicos e o tratamento tenham maior efeito.

Importância do teste - O teste é a única forma segura de saber se uma pessoa é portadora do vírus, já que muitos dos sintomas inerentes à sua presença podem se manifestar somente após dez anos da data de infecção ou, até mesmo, confundidos com sinais de doenças comuns. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente o teste, cujo resultado é emitido de 30 minutos a uma hora após sua realização. Ele também pode ser adquirido facilmente em farmácias.

É recomendado que todos aqueles que possuem vida sexual ativa realizem o teste periodicamente, assumindo um caráter preventivo, e, em caso de suspeita, indica-se que se espere de 30 a 60 dias após o episódio de possível exposição ao vírus, visto que, nesse intervalo de tempo, ocorre a produção de anticorpos anti-HIV no sangue, que confirma a infecção.

Estigmas - O último relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), que abrange os avanços na abordagem e tratamento do tema no ano de 2017, mostra que o estigma e a discriminação são as maiores barreiras ao diagnóstico do HIV.

Dentro destas populações, deve-se destacar a baixa aderência à testagem e tratamento por parte dos homens, uma vez que menos de metade dos homens que vivem com HIV está em tratamento, em comparação com 60% das mulheres. É possível observar, ainda, que aqueles que optam pela realização das testagens e das intervenções médicas o fazem tardiamente, devido aos estereótipos masculinos.
 

Por: Eleonora Brazão, Dayalla Goulart e Beatriz Veloso