FURNAS conduz estudo de avaliação do eletrodo de terra do Sistema de Transmissão de Itaipu

Objetivo é a revitalização do sistema

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Equipes de FURNAS estão realizando estudos, avaliações e medições de resistência elétrica na área geográfica de influência dos dois anéis de eletrodo de terra da Subestação de Foz do Iguaçu (PR). É a primeira vez que esse estudo é feito em 35 anos de operação comercial do Sistema de Transmissão em Corrente Contínua (CCAT) que escoa a energia gerada pela Usina de Itaipu.

Os anéis do eletrodo de terra 1 e 2 fazem parte do sistema de aterramento composto por duas linhas paralelas de 15km que parte a partir da SE Foz de Iguaçu e termina em grandes anéis de 2,3 km de perímetro, onde os eletrodos estão enterrados a até seis metros de profundidade.

O objetivo do trabalho que está sendo realizado por FURNAS é a revitalização dos dispositivos de segurança do sistema, responsável pela transmissão de quase 45 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano, cerca de 8,5% da energia consumida pelo Brasil. Outros 45 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano são transmitidos de maneira convencional pelo Sistema de Transmissão em Corrente Alternada da estação elevadora em 750 kV em Foz do Iguaçu.

“É um trabalho árduo e meticuloso. Nossos técnicos desenterram e coletam um corpo de prova (ânodo) para análise de seu estado de conservação. Os anéis de eletrodo de terra existem para reduzir o risco de perda de potência em situações de operação em curta duração por ocorrências no sistema, ou de longa duração em períodos de manutenção ou desligamentos forçados por perda de um polo”, explica Fábio Valentim, gerente de Produção Paraná.

Além de desenterrar os ânodos para análise do estado de conservação e vida útil desses equipamentos, os técnicos de FURNAS estão identificando e substituindo eventuais conectores rompidos ao longo do sistema.

O Sistema de Transmissão de Itaipu, mantido e operado por FURNAS, conta com cinco linhas de transmissão, que cruzam 900 km desde o Estado do Paraná até São Paulo, transmitindo 90 milhões de megawatts-hora (MWh) por ano, ou seja, 17% da energia consumida pelo Brasil. Este sistema possui três linhas em corrente alternada 750 kV e duas linhas em corrente contínua ± 600 kV, necessárias para contornar o problema de diferentes frequências utilizadas por Brasil e Paraguai.
 

Por: GCA.P