FURNAS bate recorde transmite 42,5 milhões de MWh da energia gerada por Itaipu

A marca foi atingida devido à eficiência e confiabilidade no sistema de transmissão

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Subestação Foz do Iguaçu / Crédito: Marcos Labanca

FURNAS bateu recorde ao transmitir 42,5 milhões de megawatts-hora (MWh) da energia gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu ao longo deste ano. Isso representa 85% de toda energia produzida pela hidrelétrica, que chegou aos 50 milhões de MWh na última sexta-feira, 28/8. 

Com a quantidade de energia gerada pela usina em 2020 seria possível atender o consumo da eletricidade do mundo por 19 horas; do Brasil, por um mês e uma semana (ou 37 dias); da cidade de São Paulo, por um ano e 10 meses; do Paraguai, por três anos e seis meses; do Estado do Paraná, por um ano e sete meses; ou, ainda, por um ano em 86 cidades do porte de Foz do Iguaçu.

“A eficiência de nossas equipes de manutenção, operação, engenharia e Centro de Serviços Compartilhados faz com que mantenhamos o sistema operando com alto índice de confiabilidade desde 1984 até os dias de hoje, mesmo em cenário de pandemia”, ressalta o Gerente de Produção de FURNAS no Paraná, Fábio Valentim. 

“Ao longo dos anos, Furnas demonstrou muita competência na operação e manutenção do Sistema de Transmissão em Corrente Contínua, e também do Sistema de Transmissão do 765 kV, por meio de uma equipe muito bem preparada para assumir tamanho desafio”, ressalta o Gerente de Produção de FURNAS em Ibiúna, Antônio Marques Júnior.

O Sistema de Transmissão de Itaipu, operado e mantido por FURNAS, conta com cinco linhas que cruzam aproximadamente 900 km entre os estados do Paraná e São Paulo. São três circuitos em corrente alternada (765 kV) e dois em corrente contínua (± 600 kV).

Na Subestação de Foz do Iguaçu (PR), FURNAS recebe a produção da maior parte das 20 unidades geradoras de Itaipu, cada uma com capacidade de 700 MW. Metade das turbinas tem frequência de 60 Hz, enquanto o restante opera em 50 Hz para atender ao sistema elétrico paraguaio.

Foi esta peculiaridade que resultou na concepção de um sistema de transmissão híbrido. A energia comprada do Paraguai em 50 Hz é transformada e retificada para corrente contínua e transmitida por dois circuitos (bipolos) até a Subestação de Ibiúna (SP), onde é reconvertida para corrente alternada em 60 Hz. Este foi o primeiro empreendimento nacional a utilizar a tecnologia de corrente contínua.

Já a carga gerada em 60 Hz segue, a partir da Subestação de Foz do Iguaçu, por três circuitos de corrente alternada. Entre Foz do Iguaçu e a subestação terminal Tijuco Preto (SP), as linhas passam pelas subestações de Ivaiporã (PR) e Itaberá (SP).

O sistema chama a atenção por sua estrutura e pela singularidade de alguns equipamentos. As quadriválvulas dos conversores CA/CC presentes em Foz do Iguaçu e Ibiúna têm até 14m de altura (o equivalente a um prédio de quatro andares). Os números também impressionam quando o foco passa às linhas de transmissão. Somados, os cinco circuitos são sustentados por mais de 9 mil torres.

 

Por: Marcos Paulo