FURNAS realiza programa de conservação do Mutum-de-Penacho e Aracuã-Paulista em área da usina de Marimbondo

As espécies estão classificadas como ameaçadas de extinção e foram monitoradas pela equipe de Gestão do Meio Físico-Biótico da empresa

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Aracuã-Paulista / Crédito: Marcos Silva (SAVE Brasil)


FURNAS concluiu recentemente a primeira etapa do Programa de Conservação do Mutum-de-Penacho (Crax fasciolata) e do Aracuã-Paulista (Ortalis remota), que monitora ambas as aves ameaçadas de extinção na área da Usina de Marimbondo, localizada no rio Grande, entre as cidades de Icém (SP) e Fronteira (MG). As ações foram realizadas desde o ano passado de acordo com a legislação ambiental do país.
 


Chopin do Brejo (Foto: Adriano Lagos)

Uma das demandas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para o licenciamento do empreendimento era a criação de um programa voltado para a conservação das espécies locais. “O trabalho levou um ano para ficar pronto e, ao final, elaboramos um relatório da ação com as diversas informações catalogadas, que foi encaminhado ao Ibama para análise”, explica o biólogo de FURNAS, Adriano Rodrigues Lagos.


Ipê-rosa (Foto: Cristiano Venâncio)

Durante a execução do programa foram monitoradas 10 áreas no entorno da usina, em campanhas trimestrais, com registro de pelo menos uma das espécies em sete áreas. Outros animais também foram identificados ao longo do programa, como a onça parda, lobo guará, bugio, lontra, chopim do brejo, entre outras espécies.


Maritacas (Foto: Renato Moreira)


As aves foram observadas na região por meio de caminhadas de um quilômetro no entorno das áreas marcadas (chamadas de transecções). A cada duzentos metros, os especialistas reproduziam a vocalização das espécies estudadas, aguardando que as aves respondessem (método conhecido como playback). Também foram instaladas em cada área duas armadilhas fotográficas, para registrar as espécies no interior da mata em seu habitat sem a interferência dos biólogos que conduzem as atividades.


Maritacas (Foto: Renato Moreira)

A população vizinha à usina foi entrevistada, com cerca de 100 pessoas ouvidas para saber qual o conhecimento delas sobre as espécies estudadas. A maioria sabe da existência das aves, principalmente o Mutum-de-Penacho. A pesquisa foi realizada por formulários e o objetivo foi identificar que os dados obtidos em campo estavam alinhados ao questionário. Ao final do trabalho foram distribuídas 900 cartilhas à população com as informações sobre as espécies monitoradas, a fim de conscientizar a comunidade sobre a importância da conservação das espécies locais.


Mutum-de-Penacho (Foto: Marcos Silva - SAVE Brasil)

Para o Gerente de Gestão do Meio Físico-Biótico de FURNAS, Renê Gomes Reis Junior, a empresa reforça o comprometimento com a preservação do meio ambiente e o seu papel em seguir a legislação vigente.

“FURNAS vem produzindo um vasto conhecimento da fauna silvestre nos empreendimentos da empresa ao longo dos anos. As informações reunidas são essenciais para o aprofundamento da realidade ambiental local onde cada ativo está inserido, a preservação das espécies e, muitas vezes, para estudos acadêmicos que contribuem para o aprimoramento da fauna brasileira”, finalizou.


Por do sol na usina de Marimbondo (Foto: Renato Moreira)

A empresa realizará a segunda etapa do programa, que está alinhado à política ambiental de FURNAS e das empresas Eletrobras. O trabalho segue as diretrizes do ODS 15 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), que está presente no Plano Estratégico 2020-2035 da Eletrobras e do Compromisso Empresarial para a Biodiversidade assinado por FURNAS e Eletrobras em 2019.
 

Por: Marcos Paulo