Subestação Foz do Iguaçu recebe ministro de Minas e Energia e presidente da Itaipu

A subestação faz parte do Sistema de Transmissão de Itaipu, operado e mantido por FURNAS

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Da esquerda para a direita: Brito, Albuquerque e Luna, em visita à Subestação Foz do Iguaçu. / Crédito: Levi Ker


A Subestação Foz do Iguaçu (PR) recebeu, na tarde de hoje (17), a visita do o Ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, acompanhado do presidente da Itaipu Binacional, general Joaquim Silva e Luna, e dos diretores da binancional.

A comitiva foi recepcionada pelo presidente de FURNAS, Pedro Fernandes Brito, e pelo superintendente de Produção Sudeste, Flávio Guimarães Ávila. Após uma breve apresentação da unidade, os executivos conheceram o pátio de filtros/bipolos, sala de controle, sala de válvulas e demais instalações da subestação que recebe a produção da maior parte das 20 unidades geradoras da hidrelétrica de Itaipu, cada uma com capacidade de 700 MW.

Brito falou sobre o desafio de operar a maior subestação do país. "Foz do Iguaçu sozinha é responsável pela transmissão de energia para 25% das residências do Brasil. Isso só é possível devido ao profissionalismo dos nosso colaboradores, transparência do processos, segurança e confiabilidade das instalações de FURNAS, destacou o presidente.


Subestação Foz do Iguaçu

O Sistema de Transmissão de Itaipu, operado e mantido por FURNAS, conta com cinco linhas que cruzam aproximadamente 900 km entre os estados do Paraná e São Paulo. São três circuitos em corrente alternada (765 kV) e dois em corrente contínua (± 600 kV).

Na Subestação de Foz do Iguaçu (PR), que conta com 8 conversores e uma capacidade instalada superior a 14 mil MW, FURNAS recebe a produção da maior parte das 20 unidades geradoras de Itaipu, cada uma com capacidade de 700 MW. Metade das turbinas tem frequência de 60 Hz, enquanto o restante opera em 50 Hz para atender ao sistema elétrico paraguaio.

Foi esta peculiaridade que resultou na concepção de um sistema de transmissão híbrido. A energia comprada do Paraguai em 50 Hz é transformada e retificada para corrente contínua e transmitida por dois circuitos (bipolos) até a Subestação de Ibiúna (SP), onde é reconvertida para corrente alternada e 60 Hz. Este foi o primeiro empreendimento nacional a utilizar a tecnologia de corrente contínua.

Já a carga gerada em 60 Hz segue, a partir da Subestação de Foz do Iguaçu, por três circuitos de corrente alternada. Entre Foz do Iguaçu e a subestação terminal Tijuco Preto (SP), as linhas passam pelas subestações de Ivaiporã (PR) e Itaberá (SP).

O sistema chama a atenção por sua estrutura e pela singularidade de alguns equipamentos. As quadriválvulas dos conversores CA/CC presentes em Foz do Iguaçu e Ibiúna têm até 14 m de altura (o equivalente a um prédio de quatro andares). Os números também impressionam quando o foco passa às linhas de transmissão. Somados, os cinco circuitos são sustentados por mais de 9 mil torres.
 


 

Por: Fabio Lannes