FURNAS participa de Audiência Pública sobre usos múltiplos das águas

Foram discutidos os desafios e as soluções para enfrentamento da crise hídrica

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O presidente de FURNAS, Clóvis Torres, e o diretor de Gestão, Pedro Brito, participaram da audiência pública “Critérios de Operação da Usina de Furnas e Uso Múltiplo das Águas”, promovida pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados na terça-feira (6/7).

A audiência foi virtual e contou com as participações do secretário nacional de Energia do MME, Christiano Vieira, do diretor presidente do Operador Nacional do Sistema - ONS, Luiz Carlos Ciocchi, da diretora presidente da Agência Nacional de Águas – ANA, Christianne Dias Ferreira, da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marilia Carvalho de Melo, e do Ssecretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Luiz Carlos Santoro, além de representantes do Comitê de Bacias Hidrográficas dos Afluentes do Médio Rio Grande, da Associação dos Municípios do Lago de Furnas - Alago e da União dos Empreendedores do Lago de Furnas e Peixoto - Unelagos.

Torres afirmou que cabe a FURNAS a manutenção e operação de seus ativos de acordo com a determinação dos órgãos reguladores, e que a geração da Usina de Furnas também sofre com a baixa do reservatório. “A nós cabe manter a perfeita operação, por isso temos que ficar atentos aos níveis mínimos e máximos. Se o reservatório está muito baixo, as turbinas entram em risco. Se a Usina de Furnas parar, causa um risco sistêmico na geração de energia para todo o país”, afirmou.

Segundo ele, é preciso trabalhar para a manutenção do sistema como um todo. “A preocupação dos senhores é a preocupação de FURNAS também. Temos um alento na Medida Provisória, que destina recursos para obras voltadas a melhorar a afluência. Esses recursos virão para que possamos equilibrar a situação desse sistema. Teremos participação ativa e contamos com o apoio de todos.”

Já o diretor de Gestão, Pedro Brito, abordou durante a audiência as iniciativas e ações sociais, inclusive a assinatura recente de um protocolo de intenções com a Alago para o controle de invasões. Ele mencionou o projeto Nascentes, que prevê a implantação, recuperação e monitoramento de 200 nascentes, totalizando uma área total de 157 hectares a ser recuperada.

O secretário Christiano Vieira, do MME, apresentou os desafios deste período seco. Ele afirmou que o Sudeste é a grande caixa d´agua que tem, atualmente, aproximadamente 40% de energia armazenada. “O reservatório da UHE Furnas sozinho responde por 12% da capacidade do armazenamento de água do país. O período úmido atrasou e terminou mais cedo esse ano. Temos o pior aporte hídrico (setembro a julho) dos últimos 90 anos”, disse ele.

De acordo com Vieira, desde outubro do ano passado várias ações estão sendo tomadas para mitigar a crise hídrica, entre elas o acionamento antecipado das térmicas e a importação de energia de países vizinhos. “O que queremos é que todos possam se ver contemplados com esse recurso escasso que é a água”, declarou.

Por: Leonardo Cunha