Combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes é tema de seminário realizado em FURNAS

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Crédito: Teresa Travassos
Maria América Diniz Reis, coordenadora do FEPETI-RJ, elucida desafios e avanços sobre a temática

 

FURNAS e o Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e de Proteção ao Trabalhador Adolescente (FEPETI-RJ) promoveram, nesta quinta (23), o seminário "Troca de saberes sobre avanços e desafios no atendimento a crianças e adolescentes em situação de violência sexual". O evento, em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, ocorreu na sede da empresa (RJ) e reuniu representantes de órgãos públicos, organizações não governamentais, entidades representativas de trabalhadores e estudantes que lutam pela causa.

"FURNAS está sempre abrindo um espaço de diálogo com seus colaboradores para que eles possam não só reconhecer a importância do tema, mas para que se engajem em ações de erradicação da violência sexual contra crianças e adolescentes. Nossa atuação está pautada em políticas públicas e tem o apoio da alta administração", explica Claudia Tenorio, da Gerência de Responsabilidade Sociocultural da empresa.

Maria América Diniz Reis, coordenadora do FEPETI-RJ e conselheira municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro, apontou os principais desafios sobre a exploração sexual infantil no Brasil: a necessidade de ampliação dos planos municipal e estadual de enfrentamento à violência sexual e de aplicação de recursos para o FIA (Fundo para Infância e Adolescência). Ela também registrou os avanços na legislação, enfatizando como marco o Estatuto da Criança e do Adolescente, instituído pela Lei 8.069, de 13 de julho de 1990, que regulamenta os direitos das crianças e dos adolescentes de acordo com as diretrizes fornecidas pela Constituição Federal de 1988.  

O encontro trouxe a experiência bem sucedida da coordenadora do Núcleo de Atendimento Psicológico Especializado Infantojuvenil de Petrópolis (RJ), Isabela Wildberg. O NAPE-IJ, criado em 2015, instituiu um fluxo de atendimento a crianças e adolescentes que podem ter sofrido abuso sexual.

"NO NAPE-IJ crianças e adolescentes têm voz. Nossas psicólogas são treinadas para fazerem uma escuta qualificada, estabelecendo uma relação de confiança mútua. Através do relato das vítimas e do possível agressor, do estudo da dinâmica familiar e da investigação de sinais e sintomas, produzimos um relatório, que encaminhamos ao Ministério Público e Conselho Tutelar caso o abuso seja comprovado", explica Isabela.

A apresentação das ações realizadas pelos municípios que compõem o FEPETI-RJ, em alusão ao 18 de maio, encerrou a manhã de debates. Entre elas, palestras para a comunidade e escolas, caminhadas por pontos estratégicos das cidades, entrega de panfletos e adesivos e o lançamento da cartilha de prevenção e combate à pedofilia e ao abuso sexual elaborada pelo NAPE – IJ.
 

Por: Eleonora Brazão