FURNAS e ALAGO apresentam o andamento do Projeto Nascente

Autoridades e representantes de diversas instituições participaram do encontro virtual

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Crédito: Rosa Mubarak


Mais de 40 representantes de prefeituras de Minas Gerais e diversas instituições participaram do evento virtual promovido por FURNAS em parceria com a Associação dos Municípios do Lago de Furnas (ALAGO). A ideia foi apresentar o andamento do Projeto Nascente que entra agora na fase de plantio de mudas. Trata-se de um projeto de P&D, proposto por FURNAS, que prevê a implantação, recuperação e monitoramento de cerca de 200 nascentes no entorno dos reservatórios das Usinas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho (Peixoto), e poderá ser replicada futuramente pelas prefeituras.

A abertura contou com as presenças da superintendente de Comunicação e Relações Institucionais de FURNAS, Ana Claudia Gesteira; a superintendente de Estudos de Mercado e Inovações de FURNASFabiana Cristina Teixeira, o professor Francisco Djalma Carvalho, presidente da ALAGO e o deputado Emidinho Madeira. De acordo com Ana Gesteira, o resultado do Projeto Nascente depende de uma construção coletiva que precisa contar com a parceria da Associação e do poder público. “É um trabalho audacioso que requer um planejamento robusto e a participação de todos os envolvidos para uma ação mais a longo prazo de recuperação e revitalização das nascentes. Podem contar com o nosso apoio”, ressaltou a superintendente.

Para o presidente da ALAGO, o projeto é de grande relevância e a expectativa é que todas as cidades que margeiam os reservatórios da Usinas de Furnas e Peixoto com as suas respectivas nascentes possam ser contempladas. “Hoje é mais um momento em que se dá um passo positivo no sentido de conseguir reais resultados do que aqui será explicado. Essa é a nossa esperança”, afirmou Djalma Carvalho, presidente da ALAGO.

A superintendente Fabiana Teixeira explicou as principais características do projeto. “O Projeto Nascentes atende a todos os critérios da Aneel: originalidade (metodologia inovadora com o uso de inteligência artificial), relevância (tanto para a comunidade quanto para a natureza), aplicabilidade (seguimento pelas prefeituras) e razoabilidade de custos (a empresa parceira Ingá Engenharia e Consultoria fez todo o levantamento para que estivesse compatível com as práticas de mercado)”, concluiu Fabiana.

 

De acordo com Pedro Moura de Macêdo Júnior, coordenador técnico do Departamento de Implantação dos Projetos de Geração de FURNAS., o projeto de P&D contempla todos os municípios que margeiam as USINAS de Furnas e Peixoto não existindo qualquer tipo de seleção para participação dos municípios no projeto. “Além do caráter tecnológico e inovador, a concepção do projeto é democrática porque prevê a participação de todos os municípios, potencializando a economia regional e a geração de emprego e renda às populações lindeiras”, ressalta Pedro Macedo Jr., coordenador técnico do Departamento de Implantação dos Projetos de Geração de FURNAS.

Ao todo, 40 municípios serão envolvidos na iniciativa, sendo 34 no entorno da UHE Furnas e seis em Luiz Carlos Barreto de Carvalho. Para o diretor técnico da empresa Ingá Engenharia e Consultoria, Arnaldo Teixeira Coelho, o projeto visa conscientizar os proprietários rurais lindeiros aos reservatórios com relação à recuperação das áreas, em geral degradadas pelo cultivo e pastoreio de gado, bem como estimular a geração de renda decorrente da implantação dos plantios de espécies florestais de interesse econômico.

Durante a apresentação, Vinicius Rodrigues, biólogo e doutor da Universidade de Viçosa, explicou como a tecnologia através da inteligência artificial pode ajudar no desenvolvimento de uma metodologia inovadora de recuperação ambiental de nascentes, que impactará de forma positiva na melhoria da qualidade e quantidade da água nos reservatórios. Acrescentou ainda como serão coletados e analisados os dados que serão utilizados para comparar as diferentes técnicas aplicadas nas 200 áreas, onde 100 utilizarão as técnicas convencionais e as outras 100 receberão a nova metodologia. A recuperação e o desenvolvimento destas áreas serão acompanhados por dois anos. Os dados coletados servirão para identificar as respectivas características ambientais e sociais.

A apresentação contou também com a participação do pesquisador e coordenador administrativo do projeto, Joaquim Fernandes, que esclareceu como foi realizada a abordagem com os municípios.  Ainda mostrou o status do projeto, informando que as áreas que vão receber as mudas nativas foram preparadas e cercadas, além de contarem com a eliminação de formigas e cupins, e a condução da regeneração do solo.

 Intitulado Utilização de Inteligência Artificial no Desenvolvimento de Metodologias Inovadoras de Recuperação e Proteção de Nascentes e Áreas Degradadas em Zonas de Recargas de Aquíferos Contribuintes dos Reservatórios das UHE´s Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho, o projeto de P&D terá um prazo de duração de 36 meses, que incluirá a implantação e monitoramento das áreas selecionadas, bem como a análise e divulgação dos resultados obtidos.
 

Por: Fatima Gomes