FURNAS apresenta tecnologia de controle de Covid-19 em conferência europeia sobre Inteligência Artificial

Aplicativo KeyApp associado à autoanamnese foi destaque em painel sobre inovações em Saúde e Segurança do trabalho

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FURNAS foi destaque, esta semana, em um dos mais importantes eventos da Europa na área de tecnologia e inovação: a Conferência Europeia sobre Impacto da Inteligência Artificial e da Robótica (ECIAIR). Claudia Pocho, da Superintendência de Gestão de Pessoas, apresentou estudo com resultados obtidos pela companhia a partir do uso de inteligência artificial na prevenção e controle da Covid-19. A apresentação contou com a participação de Carlos Frederico Maciel, da CyberLabs, startup que criou o aplicativo KeyApp e, junto com FURNAS, desenvolveu o AI Covid-19, uma evolução para a ferramenta, baseada na autoanamnese.

Em sua terceira edição, a ECIAIR foi realizada de forma virtual pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL), em 18 e 19 de novembro. A apresentação do artigo Um sistema de inteligência artificial focado na pandemia de Covid-19 - resultados e impactos fez parte do painel voltado a inovações na área de Saúde e Segurança do Trabalho.

“Nós já havíamos apresentado o estudo inicial sobre a tecnologia desenvolvida por FURNAS para controle da Covid-19 na ECIAIR 2020. Agora, pudemos levar os resultados de sua aplicação, que são impactantes: alcançamos taxas de contaminação inferiores à média das empresas do setor elétrico e os riscos para os nossos colaboradores foram mais baixos”, conta Claudia.

O estudo mostra que o maior índice de afastamentos por Covid-19 registrado em FURNAS foi de 7/1000 funcionários, em março de 2021, quando a média das empresas listadas no Ministério de Minas e Energia foi de 9/1000.

Segundo Claudia, o AI Covid-19 chamou a atenção dos participantes do evento, em um momento que a Europa vive uma nova onda de contágio.


A tecnologia

O KeyApp, desenvolvido pela CyberLabs, permite o controle de acesso por reconhecimento facial, sem contato físico, e com aferição de temperatura em totens instalados na entrada das usinas, subestações e escritórios de FURNAS. A ferramenta é associada a um sistema de dados: os funcionários preenchem, diariamente, no próprio aplicativo, um questionário de autoavaliação – anamnese – com perguntas sobre sintomas, hábitos durante a pandemia, ambientes frequentados, contato com pessoas contaminadas, informações gerais sobre saúde e comorbidades, entre outras.

As informações são processadas por sistemas de inteligência artificial e resultam numa classificação de risco que determina a permissão ou as restrições de acesso às instalações da companhia. Quando o risco é muito alto, o aplicativo notifica a equipe médica para entrar em contato imediatamente com o usuário. A gerência em que o funcionário atua também é informada.

O monitoramento – feito em mais de 30 cidades brasileiras, com a participação de cerca de 3 mil funcionários – permitiu a FURNAS definir protocolos e promover campanhas que contribuíram para o controle do contágio. “A inteligência artificial pode esclarecer e antecipar decisões que salvam vidas”, resume Claudia.
 

Por: Leonardo Cunha