III Fórum das Mulheres no XXVI SNTPEE aborda inclusão feminina no setor elétrico

Painel teve a presença da gerente do Centro de Operações de FURNAS, Marcia Simões

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O III Fórum das Mulheres, iniciativa do Comitê Nacional Brasileiro de Produção e Transmissão de Energia Elétrica (CIGRE-Brasil) para discutir a presença feminina no setor elétrico, aconteceu na terça-feira, 17/5, na programação do XXVI Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica – SNPTEE. O evento, considerado o maior seminário técnico do setor elétrico nacional, ocorreu no Riocentro e teve a coordenação de FURNAS. O Fórum reuniu mulheres em posições de liderança de grandes empresas do setor e também da academia, que compartilharam suas experiências e os desafios enfrentados desde a universidade.  

A diretora de Assuntos Corporativos do CIGRE-Brasil, Carla Damasceno, apresentou o Fórum, que contou com a participação das palestrantes  Yona Lopes, do Departamento de Engenharia Elétrica da UFF, Gabriela Desirê, diretora de Operações ISA CTEEP, Rosimar Lanza, gerente regional da América Latina de Alta tensão do Prysmian Group, Marcia Simões, gerente do Centro de Operações de FURNAS e a aluna de graduação de Engenharia e estagiária da Elecnor, Mayara Santos, dando o testemunho de quem ainda busca seu lugar no mercado de trabalho.   

Marcia Simões apresentou dados sobre mulheres em cargos de liderança em FURNAS. "Hoje, 21% dos gerentes em FURNAS são mulheres, quando a média do setor elétrico é de 6%. Esse bom resultado não é por acaso. Há anos, a empresa investe no aumento da participação feminina em cargos de liderança", afirmou.  

Márcia também abordou em sua participação no fórum os desafios impostos pela pandemia em uma atividade ininterrupta e essencial, como a desenvolvida no Centro de Operações. "Foi enfrentar o desconhecido tendo que fazer a gestão da escala de turno para a cobertura das liberações médicas, desenvolvendo em conjunto com a área médica e implantando protocolos sanitários e tendo que fornecer suporte emocional aos funcionários, sem deixar de lado as questões técnicas. Foi difícil, mas as dificuldades nos fortaleceram como equipe e hoje somos mais unidos", afirmou Marcia Simões em seu testemunho.  

A professora Yona Lopes apresentou o projeto 5GIRLS, que busca a inclusão feminina na ciência por meio do estudo da tecnologia 5G. "O que queremos é criar oportunidades através do conhecimento. O que nos trouxe aqui foi conhecimento. A ideia do projeto é pegar áreas em estruturação e dar oportunidades iguais. Temas recentes que tanto homens como mulheres estão aprendendo, temas que não estão no curriculum escolar, como digitalização de sistemas elétricos e 5G para infraestrurura crítica", explicou ela. 

"O conselho que eu daria para uma mulher no início da carreira é: posicione-se. Questione, se posicione. Sei que isso incomoda, mas não tenha medo. Quanto mais mulheres puderem se apoiar, melhor. O conhecimento vai nos impulsionar, se prepare bem, estude, se posicione e busque apoio. A inclusão feminina passa pela conscientização masculina", completou Gabriela Desirê.  

Por: Fernanda Pontual