Dia do Cerrado: conheça projetos apoiados por FURNAS para a conservação do bioma

Ecossistema congrega 5% da biodiversidade do planeta

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Pato mergulhão / Crédito: André Dib


Em 11 de setembro foi celebrado o Dia do Cerrado, segundo maior bioma da América do Sul e do Brasil, formando cerca de 22% do território nacional. O bioma é caracterizado como uma região de savana, estendendo-se por cerca de dois milhões de quilômetros quadrados.

O Cerrado comporta nada menos que 5% da biodiversidade da Terra, com mais de 12 mil espécies de plantas e mais de 2,5 mil espécies de animais, entre aves, mamíferos, répteis, anfíbios e peixes.

Além disso, tem papel fundamental na manutenção do equilíbrio hidrológico de uma vasta região do país, onde se destacam atividades como a agricultura, pecuária e também a produção de energia. Grande parte dos rios onde estão instaladas as hidrelétricas de FURNAS tem suas nascentes no bioma.

Por isso, a empresa dá atenção especial atenção a ações e projetos voltados à conservação da biodiversidade do Cerrado e ao desenvolvimento sustentável de suas comunidades. Algumas dessas iniciativas foram selecionadas por meio do Edital de Projetos Socio Ambientais da empresa.

Uma delas é o Mergus Para Sempre, Projeto de Conservação do Pato–Mergulhão, realizada em parceria com a Fundação Mais Cerrado, na região da Chapada dos Veadeiros, Alto Paraíso, Goiás. O pato–mergulhão é uma ave aquática rara, considerada endêmica do Cerrado brasileiro. A espécie está ameaçada de extinção. No Plano de Ação Nacional (PAN) de Conservação do Pato-Mergulhão, coordenado pelo ICMBio, são apontados alguns objetivos prioritários e urgentes para a proteção da espécie e de seu habitat, como a realização de atividades de monitoramento, pesquisas e conscientização pública.

O projeto que FURNAS apoia trabalha na localização de  novos indivíduos do pato-mergulhão (atualmente, há cerca de apenas 250 deles na natureza) e no monitoramento dos rios onde são avistados. O biólogo Adriano Lagos, que representa a companhia no PAN de Conservação do Pato-Mergulhão, conta que o pato-mergulhão habita áreas muito restritas e a Chapada dos Veadeiros é uma delas. Por isso, o monitoramento é importante para verificar como está o tamanho populacional da espécie na região.

O projeto realiza ainda diversas ações de sensibilização e oficinas de educação ambiental em pelo menos 20 comunidades que vivem próximo aos principais rios que possuem registro comprovado do pato-mergulhão. Comunidades tradicionais quilombolas, como a Kalunga, também serão engajadas no projeto.
 


Oficina realizada pelo projeto de conservação do pato-mergulhão

 


???????Biólogo mostrando que é preciso conhecer para preservar a espécie


Restaura-Ação irá promover renda para moradores locais

O projeto Restaura–Ação tem como proposta promover a restauração ecológica de ambientes degradados numa região de alto valor para a segurança hídrica do Cerrado, proporcionando a manutenção do habitat de espécies ameaçadas e dos serviços ambientais.

Agricultores familiares, incluindo mulheres e jovens, são capacitados para formarem uma rede de coletores de sementes nativas na bacia hidrográfica do Rio Bagagem, um dos principais afluentes do lago da Hidrelétrica de Serra da Mesa, em Goiás. Seu trabalho vai promover a restauração ambiental e gerar renda para as comunidades tradicionais por meio da manutenção do Cerrado, além de sensibilizar a sociedade sobre a importância do bioma para a biodiversidade.


Rede de Sementes

Ainda no Cerrado, FURNAS mantém o Rede de Sementes, um projeto que visa angariar subsídios para uma restauração ecológica inclusiva e adaptada às mudanças climáticas. Objetivo é unir dados de pesquisas acadêmicas que estão sendo realizadas há dez anos para o desenvolvimento de um modelo que possibilite visualizar os impactos previstos das mudanças climáticas no estabelecimento de espécies do Cerrado em áreas nativas e em processo de restauração.

O resultado da pesquisa irá mostrar que espécies são mais adaptadas aos cenários climáticos futuros, que projetam uma redução e maior irregularidade das chuvas anuais na região e aumentos progressivos na temperatura do ar. Dessa forma, FURNAS pretende fortalecer toda a cadeia produtiva de sementes, empoderando os coletores para a tomada de decisão sobre a inclusão de espécies, valorizando o Cerrado em pé e otimizando plantios de restauração com melhor resiliência diante do cenário climático futuro.
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Por: Gisele Alves