Centro de Operação do Sistema comemora 50 anos

O Centro de Operação do Sistema (CTOS.O) de FURNAS acaba de completar 50 anos. Localizada na Subestação Grajaú (RJ), a instalação cumpre o papel fundamental de supervisionar todo o sistema elétrico de FURNAS e operar os ativos da empresa, em conjunto com os centros de operação regionais. O CTOS.O recebe informações das mais distantes áreas por meio de tecnologias que oferecem um panorama completo em tempo real, permitindo o total monitoramento do Sistema Furnas.

O trabalho estende-se a todas as 16 usinas da empresa que seguem o planejamento e a programação eletroenergética das bacias hidrográficas onde estão localizadas.

Superintendente de Gestão do Sistema da empresa, Mario Fernando Ellis destaca a relevância do Centro para o setor elétrico brasileiro. “A trajetória do CTOS.O ao longo dessas últimas cinco décadas ocupa espaço de protagonismo na própria história da operação do Sistema Interligado Nacional. Neste cinquentenário do Centro de Operação do Sistema, é importante ressaltar todos os ciclos de evolução tecnológica pelos quais ele passou, mas, principalmente, reconhecer aqueles que muito contribuíram para o estágio de excelência que hoje possui. Parabéns ao CTOS.O e a todos aqueles que fazem parte dessa bela história”, celebra o superintendente.

Para o gerente do Departamento de Gestão da Operação, Robson Fernandes, além da inquestionável importância para FURNAS e para o sistema elétrico nacional, o CTOS.O ocupa um espaço determinante em sua vida pessoal. “É o centro pelo qual iniciei minha trajetória em FURNAS, quando concluí o XLIV CTB, após o concurso para operador em 1994. Aprendi muito nesse espaço de excelência, onde trabalhei com ótimos profissionais. O CTOS.O é um orgulho para FURNAS e possui uma história de sucessos e superações”, comenta o gerente.

Meio século de história

Denominado anteriormente de Divisão de Despacho de Carga do Departamento de Operação do Sistema, o CTOS.O surgiu por meio da Circular Geral nº 148.72, assinada em 30 de novembro de 1972, pelo então diretor Luiz Carlos Barreto de Carvalho. No ano seguinte, em 9 de junho, iniciava suas atividades do sétimo andar do bloco A, no antigo Escritório Central (RJ). À época, apenas Cemig, Cesp e Light possuíam os equipamentos utilizados pelo CTOS.O.

Cerca de 10 anos depois, o Centro foi transferido para o bloco E. A área era ocupada pelo estacionamento E2. “O bloco E será um edifício composto por um subsolo e seis andares. Em caso de algum impedimento de um dos despachos, os outros estão estruturados para assumir, mesmo que precariamente, toda a operação do sistema, garantindo o seu funcionamento”, anunciava o Boletim Informativo de Furnas, BIF, em edição de outubro de 1983.

Em outubro de 2020, o Centro começou a ser transferido para a Subestação Grajaú, com a desocupação das instalações em Botafogo. A Sala de Controle foi desmontada e remontada no novo espaço sem possibilidade de interrupção de atividades de tempo real, em um processo ainda mais desafiador por conta da pandemia da Covid-19 à época. Um feito notório que contou com a alta capacidade técnica da equipe, bem como o suporte em enorme sinergia das áreas de supervisão e controle e telecomunicações.

“Graças ao empenho e à competência da equipe técnica de FURNAS, totalizamos 17 toneladas de equipamentos desmontados, transportados e remontados durante a pandemia. Além disso, houve necessidades adicionais para garantia da saúde dos funcionários, com controle rígido de acesso das equipes externas, isolamento físico dos operadores e também isolamento das áreas comuns de modo a garantir a proteção das equipes”, afirma Marcia Simões do Nascimento, gerente do CTOS.O.

Todo o processo detalhadamente planejado, de forma a migrar os sistemas de maneira simultânea para que não houvesse qualquer lacuna sem supervisão, garantindo a segurança operacional do Sistemas Interligado Nacional (SIN) e mantendo os protocolos de saúde e segurança definidos pela empresa, inclusive com a testagem regular de Covid de todos os envolvidos.

Equipes altamente qualificadas

Além das atividades 24h por dia, nos sete dias da semana, o CTOS.O conta uma equipe de engenheiros para total suporte de pré-operação, normatização e pós-operação do sistema elétrico em tempo real.

A equipe de pré-operação atua como analista, principalmente, nas intervenções para manutenções de todo o sistema de FURNAS. Além de coordenar as intervenções programadas da rede de operação com o ONS, estes profissionais são como aprovadores para as intervenções fora da rede de operação, fazendo os estudos necessários para garantir a operação segura.

Já a equipe de normatização coordena a confecção e revisão das instruções de operação, regras de operação, acordos operativos e diagramas de operação, além de fazer a articulação normativa com o ONS para a confecção de mensagens e instruções de operação necessárias à operação do sistema.

Na pós-operação, os engenheiros coordenam as atividades de análise da operação, apuração da transmissão, suporte total a estratégias para redução de Parcela Variável, representação em reuniões de análise de perturbação e demais questionamentos em ambiente de pós-operação do ONS ou empresas interligadas.

Há 23 anos na equipe de pós-operação, Robson Rey Viana de Rezende é o funcionário com mais tempo de atuação no CTOS.O., onde é um dos engenheiros que oferece suporte ao tempo real na Sala de Controle. “Trabalhar no CTOS.O significa a minha total realização profissional. Consegui me formar e passar em concurso público para engenheiro e escolhi permanecer no CTOS.O, onde me desenvolvi ainda mais. Para mim, o CTOS.O é como a minha segunda casa, lugar que me proporcionou fazer amigos em virtude do excelente ambiente de trabalho que sempre existiu, mesmo em momentos de dificuldades”, afirma Rezende.