Suriname busca excelência de FURNAS para obter segurança energética

Comitiva do país foi recebida em reunião de cooperação técnica, na sede da companhia

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Crédito: Jorge Luiz Trindade


A reconhecida experiência de FURNAS nas áreas de operação e segurança energética foi compartilhada em reunião técnica nesta quinta-feira, dia 16, com representantes da Usina Hidrelétrica Afobaka, do Suriname. Recebida pela equipe do Departamento de Hidrometeorologia e Programação Energética – DPH.O composta por Marcelo Roberto Rocha de Carvalho, gerente, Marcella Barbosa Brandão da Silva Campbell, engenheira eletricista e Marcelo Belassiano, meteorologista, a comitiva visitante esteve representada por Marcus Apapoe e Naresh Soerdjbali, respectivamente, superintendente de Fiabilidade e Manutenção e superintendente de Saúde, Segurança e Ambiente da Staatsolie Power Company Suriname,  controladora da UHE Afobaka.

De acordo com Apapoe, um dos principais gargalos da UHE de Afobaka é a informação hidrológica, já que a empresa possui limitações técnicas, como a ausência de radares meteorológicos para monitoramento da chuva e de estações telemétricas (que enviam, via satélite, dados de precipitação e outros em tempo real), o que pode vir a comprometer a segurança da barragem. “A experiência de FURNAS nas ações de segurança de barragens é modelo para nossas operações. Queremos obter conhecimentos técnicos sobre as boas práticas das operações energéticas”, destacou.

Em 2021 e 2022, devido a um intenso período chuvoso, as comunidades localizadas à jusante da UHE Afobaka foram afetadas. A preocupação dos gestores do empreendimento, portanto, é evitar que os episódios se repitam e prejudiquem novamente os moradores dessas regiões.

Para compartilhar a experiência técnica, o DPH.O apresentou a operação energética das hidrelétricas de FURNAS, com ênfase nas ferramentas e tecnologias utilizadas para garantir a otimização do processo. Entre algumas das operações detalhadas pela equipe da empresa, a UHE Funil, na região Sul Fluminense, ganhou destaque devido à característica de possuir  controle de cheias durante o período úmido e estar localizada próxima a cidades.

Apresentou, ainda, conceitos fundamentais para controle de cheias, bem como a importância da existência de bons dados hidrológicos para alimentar a programação energética diária e subsidiar as decisões operativas, outra lacuna para a UHE Afobaka.

“Como espinha dorsal do sistema elétrico brasileiro, FURNAS é referência em operações energéticas para muitos países por garantir a segurança de operações com excelência. Para isso, utilizamos os mais modernos e avançados recursos e equipamentos”, destacou Marcelo Roberto Rocha de Carvalho.

O encontro de colaboração técnica com a equipe de FURNAS foi intermediado pela Agência Brasileira de Cooperação e pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, através da embaixada do Suriname no Brasil. A visita técnica à sede da companhia foi acompanhada ainda por Rafael Pereira Machado, da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional; Alan Vaz Lopes, superintendente adjunto de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Catharina Pimenta e Marguerite Marques, ambas do Ministério das Relações Exteriores.

Além de FURNAS, os gestores da UHE de Afobaka também participam do processo de troca de conhecimentos com a Eletronorte, Companhia Paranaense de Energia (Copel) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
 

Por: DCA.P