Mulheres de FURNAS: elas nos representam

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Neste Dia Internacional da Mulher (8 de março), apresentamos desbravadoras que levam habilidade e competência a atividades que há pouco tempo eram restritas aos homens. Áreas como Manutenção, Operação, Transporte e Segurança hoje já contam com mulheres em seus quadros. A seguir, as histórias algumas dessas profissionais como homenagem às trabalhadoras de FURNAS.

Gilcelene de Jesus Ramos, ou simplesmente Gil, é segurança da empresa Angel´s e trabalha em FURNAS há quatro anos, fazendo o monitoramento, controle de acesso de pessoas e de veículos. Uma entre três mulheres em uma equipe de cerca de 30 profissionais, Gil fez todo o curso preparatório para a função, aprendeu a atirar, a manusear armas de fogo, defesa pessoal entre outras técnicas específicas da atividade.

"Sempre quis trabalhar na área de segurança e nunca me passou pela cabeça que ser mulher seria impeditivo para isso. O treinamento é exatamente o mesmo para homens e mulheres, e assim deveria ser o respeito à função. Nunca sofri discriminação aqui em FURNAS. Aqui, em geral, as pessoas respeitam a autoridade do segurança. Sei que essa nem sempre é a realidade por aí, mas acho que isso está mudando " avalia Gil.

Casada e mãe de um casal, Gil vê com bons olhos o avanço das mulheres no mercado de trabalho em setores que eram fechados somente para homens. "Acho que estamos conseguido provar que somos capazes, e aos poucos essa cultura vai mudando. Assim como na minha profissão, para ser mulher no Brasil temos que ser firmes, não podemos ter nem medo nem dúvida", completa ela.

Fernanda Ornelas ocupa o cargo de superintendente de Conformidade e Gestão de Risco desde agosto de 2017 e não está sozinha. Coincidência ou não, quase todos os cargos de superintendência da Diretoria da Presidência hoje são ocupados por mulheres. "O presidente dá uma grande oportunidade para as mulheres da empresa. Para ele não existe diferença de gênero, existe competência e entrega" afirma ela.

Mãe de duas crianças pequenas, Fernanda se vê como uma exímia equilibrista. "Desde o momento que a gente sai de casa estamos rodando os pratinhos e não podemos deixar cair nenhum. Tem que ter organização: é casa, é marido, é trabalho, tudo tem que estar em sintonia", pondera.

Sobre sua função, Fernanda admite que muita gente ainda não entende bem para que serve essa tal conformidade, leia-se compliance. "O assunto está muito em voga, o brasileiro se interessa, mas você percebe que as pessoas ainda não sabem bem do que se trata. E não é só a conformidade, é a gestão de riscos, a segurança da informação e controles internos. Conformidade é uma área que saiu recentemente do papel, e já nasceu com várias exigências e muitas cobranças. O segredo é ir fazendo parcerias, agregando apoio, aprendendo todo dia. Eu sou apaixonada pelo que faço."

Para as mulheres que querem chegar a cargos de liderança na empresa, ela dá o recado. "Você tem que entregar. Ter sua determinação, se preparar, saber onde quer chegar e ir construindo seu caminho todos os dias, com trabalho sério e respeito aos colegas", diz.

Lívia Rodrigues Montezzano de Castro começou em FURNAS aos 19 anos, trabalhando como técnica em Eletrônica na área de Manutenção da Usina Termelétrica de Santa Cruz (RJ). "Eu era a única mulher na equipe. No início, foi um susto. Dava para ver na cara das pessoas a pergunta: o que essa menina está fazendo aqui? Além de mulher, eu era recém formada, não sabia nada. Minha sorte foi que meu chefe, na época, também tinha uma filha em uma área essencialmente masculina. Então, ele me colocava em todos os serviços. Assim, aos poucos, as pessoas foram se acostumando comigo. Mas sempre gostei de meter a mão na massa, de me sujar de graxa", brinca ela.

Gostava tanto que se formou engenheira eletricista e hoje trabalha no Centro de Operações do Sistema FURNAS (COS), monitorando a geração junto ao Operaor Nacional do Sisltema Elétrico (ONS). Lívia ainda é a única mulher na equipe, mas não foi a primeira. "Antes de mim, já tinha uma mulher aqui, então não foi surpresa quando eu entrei. Além disso, hoje nossa gerente também é mulher. A equipe me recebeu muito bem."

Da Usina de Santa Cruz para o COS, o mundo se abriu. "Eu trabalhava no universo limitado da térmica. Quando vim para cá é que tive noção do tamanho do Sistema FURNAS e sua importância. Foi muito enriquecedor." Para as mulheres da empresa, ela deixa um recado. "Descubram o que vocês gostam de fazer e façam. FURNAS é uma empresa que dá oportunidade para você buscar outros lugares, outras funções. Ser feliz aqui só depende de você."
 

Por: Fernanda Pontual