Dia Mundial da Água: conheça quatro projetos de FURNAS que fazem a diferença

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Em 1993, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 22 de março como Dia Mundial da Água para alertar a população sobre a necessidade de preservação deste recurso fundamental à vida.

O crescimento desordenado das cidades, o desperdício, a poluição e a má utilização dos recursos hídricos são fatores que ameaçam a qualidade e disponibilidade da água para a população.

Conheça algumas ações de FURNAS que representam boas práticas na preservação de nascentes e mananciais, conservação de rios e disseminação de tecnologias sustentáveis para captação de água, irrigação e saneamento.


Projeto Nascentes de Furnas

A redução da água acumulada nos reservatórios das hidrelétricas brasileiras não está relacionada apenas à escassez de chuva. O problema é resultado também da falta de conservação das nascentes que abastecem essas represas.

Pensando nisso, FURNAS e a Associação dos Municípios do Lago de FURNAS (Alago) uniram-se para revitalizar matas ciliares em torno de aproximadamente 400 nascentes que contribuem para a formação do reservatório da Usina de FURNAS (MG).

O projeto Nascentes de FURNAS estabelece parcerias com o poder público e proprietários rurais de 39 municípios para a execução de soluções compartilhadas, convergindo num processo de melhoria da disponibilidade de água e da qualidade de vida da população.

Cabe à empresa o fornecimento de mudas de espécies nativas, mão-de-obra e insumos para o plantio e cercamento das áreas reflorestadas.

Desde o princípio de 2018, foram reflorestadas áreas de 150 nascentes nos municípios de Campo Belo, Cristais, Guapé, Éloi Mendes, Paraguaçu, Fama, Carmo do Rio Claro, Capitólio, Ilicínea, Aguanil, Campos Gerais, Coqueiral, Nepomuceno, Poço Fundo e Perdões. Ainda neste semestre, a iniciativa abrangerá mais oito localidades: Camacho, Candeias, Formiga, Machado, Muzambinho, Divisa Nova, Juruaia e Varginha.


Diques para preservação de afluentes do rio Paraíba do Sul

Um dos desafios encontrados por FURNAS na construção do Aproveitamento Hidrelétrico de Simplício (333,7 MW) foi impedir a contaminação de nascentes pela água de baixa qualidade ambiental do rio Paraíba do Sul, parcialmente desviado por um circuito hidráulico (conjunto de canais, túneis e reservatórios) que se estende por 30 km.

Para preservar os córregos Areia e Louriçal, a empresa construiu os diques galgáveis (que podem ser transpostos em caso de cheia) Alga 1 e 2 na entrada dos reservatórios Areia e Louriçal. As estruturas elevaram em meio metro o curso dos rios em relação ao circuito hidráulico, preservando suas águas.

O dique galgável é amplamente utilizado em obras do setor, mas ainda não havia sido empregado para a separação de corpos d'água com fim de conservação ambiental. Esta solução pode ser reproduzida para resolver problemas semelhantes e recorrentes na formação de reservatórios hidrelétricos.


Projeto Linha de Conhecimento: saberes, convivência e transformação

O Programa de Educação Ambiental da Linha Norte-Sul 1, desenvolvido por FURNAS, capacita agricultores de Goiás e Tocantins a construir sistemas de baixo custo para irrigar hortas e dar tratamento adequado ao esgoto.

As tecnologias sociais implantadas englobam captação de água da chuva, irrigação por gotejamento, fossa séptica e biodigestor caseiro. O objetivo é possibilitar o desenvolvimento sustentável das comunidades.

O primeiro passo é a realização de um diagnóstico participativo que norteia as atividades do programa e levanta as necessidades e potencialidades de cada local. Em seguida, a empresa promove oficinas, com aulas teóricas e práticas, para a montagem dos sistemas. De comum acordo com os moradores, uma unidade residencial é escolhida para receber os equipamentos. FURNAS fornece os materiais informativos e de construção necessários para que os assentados possam replicar a unidade demonstrativa em suas propriedades e trocar experiências.

O projeto foi realizado em 2016 e 2017 nos assentamentos Brejinho, União e Nossa Senhora de Fátima (Miracema do Tocantins), Arlindo (Crixás do Tocantins) e Cana Brava (Minaçu, GO). Neste ano, a iniciativa foi estendida ao Assentamento Dom Roriz, também em Minaçu.


Permacultura, saúde e saneamento

Evitar a contaminação de mananciais d’água enascentes pelo esgoto de unidades habitacionais isoladas. Este foi o objetivodo projeto Tecnologias de Permacultura em Soluções de Saúde e Saneamento, quepossibilitou a instalação de um sistema de tratamento de efluentes, com custode apenas R$ 4 mil, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jardim Embura, na capitalpaulista.

Por meio da técnica denominada evapotranspiração, o esgoto da UBS é desviadopara uma caixa selada, onde passa por processos de decomposição anaeróbica edecantação. O líquido resultante é filtrado antes de ser destinado àfertilização de plantações.

A iniciativa foi uma das ações do Programa de Educação Ambiental da Linha deTransmissão Itaberá-Tijuco Preto III e envolveu as secretarias do Verde e deSaúde do município, o Ministério Público Federal e o conselho gestor da Área deProteção Ambiental (APA) Capivari-Monos.

Como seu próprio nome indica, o projeto inspirou-se na permacultura, método que busca estabelecer sistemas humanos ambientalmente sustentáveis,socialmente justos e financeiramente viáveis.

Por: Leonardo Cunha