FURNAS apoia evento sobre proteção de criança e adolescente


Live "Entre no Jogo pelo 18 de Maio" foi comandada pela Guarda Mirim de Foz de Iguaçu


???????Publicado em: 19/05/2021

Uma live conduzida pela Guarda Mirim de Foz de Iguaçu e com a participação de atletas e administradores de projetos sociais apoiados por FURNAS, além de lideranças do combate à violência contra crianças e adolescentes, marcou as comemorações do dia 18 de maio. Os mais de 200 participantes ouviram exemplos de iniciativas vencedoras e histórias inspiradoras de quem sofreu abuso e deu a volta por cima, fazendo hoje parte da rede de apoio. 

O presidente de FURNAS, Pedro Brito, abriu os trabalhos reforçando a sua responsabilidade e de todos os colaboradores como pessoas físicas e jurídicas. “Como pai de três crianças e vendo as situações de violência, eu fico muito preocupado com o que pode acontecer com essa juventude. Acreditamos que eventos como este são essenciais, e que as empresas devem assumir responsabilidades pelo poder que têm de acolher e ajudar crianças e adolescentes. É uma longa jornada, mas toda jornada começa com um primeiro passo. FURNAS está sempre com as portas abertas, sempre atenta a essa pauta, e esperamos ver avançar nesse compromisso”, afirmou Pedro Brito.

O procurador do trabalho e coordenador do Peteca Brasil (Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente), Antonio Lima, fez uma emocionada defesa da importância de ouvir e acreditar no testemunho da criança. “É um grande equívoco culpar o adolescente pelo abuso. O adolescente nunca é culpado, é sempre a vítima. Também não podemos associar o abuso à condição social, temos visto isso em todas as classes sociais. Crianças que sofrem violência sexual dão sinais. Na dúvida, posicione-se do lado da criança e nunca duvidando dela. A lei diz: na dúvida, seja pró-criança e nunca pró-abusador”, disse ele.

O ativista social, estudante de Direito e conselheiro jovem da UNICEF Brasil Felipe Caetano endossou a fala de Lima e respondeu à plateia o que falta para conseguirmos combater a violência contra crianças e adolescentes. “Do Estado, falta investimento, recurso. Nossa sociedade é adultocêntrica, ainda não entende que as crianças e adolescentes são as vítimas. Já ouvi de pessoas estudadas coisas do tipo: ‘Ela tem 14 anos, já sabe o que está fazendo’. Algumas pessoas se dizem protetoras das crianças, mas acham graça de piadas de cunho machista ou que incentivam a violência. E as famílias podem ser tanto o principal ninho de proteção de crianças, como também o principal local de violência”, comentou ele.

Segundo Caetano, também falta preparo da rede de proteção. “Imagine que você é uma criança enfrentando um abusador, muitas vezes dentro da sua família, e quando consegue reunir coragem para denunciar é descredibilizado por quem deveria te acolher. Quando uma criança faz uma denúncia, cabe ao denunciado provar que não procede; não o contrário. Falta informação, falta recurso, falta política pública. Sobra subnotificação e hipocrisia. Essas violações são incômodas, muitas vezes as famílias preferem ficar em silêncio. Quando um adulto fecha os olhos para uma violência contra crianças e adolescentes, ele também está cometendo um crime”, avaliou.

Os projetos sociais que apoiam crianças e adolescentes por meio do esporte também foram representados na live. Thainá Lorraine falou sobre o projeto Nadando na Frente, apoiado por FURNAS, e de como ele foi determinante para suas escolhas de vida. “Fui uma das crianças ajudadas por esse projeto lindo, que já tem 16 anos de funcionamento, e hoje retorno como professora de Educação Física para dar a minha contribuição e ajudar outras crianças”, disse ela, emocionada.

A coordenadora pedagógica da Associação Desportiva de Futsal do Distrito Federal, Tatiana Weysfield, também falou sobre como trabalha para desenvolver o empoderamento feminino de suas alunas. Hoje, são 148 atletas contempladas com bolsas de estudo e treinamento. A medalhista olímpica Adriana Samuel também falou da importância do esporte para transformar vidas. “Nosso projeto nasceu principalmente da vontade de retribuir ao esporte tudo o que o esporte nos trouxe”, afirmou ela.

A Superintendente de Comunicação e Relações Institucionais de FURNAS, Ana Claudia Gesteira, fechou o evento agradecendo a participação de todos e, principalmente, o empenho da equipe de FURNAS na condução de tantos projetos importantes. Mas quem deu o recado para as várias crianças e adolescentes que estavam assistindo à live foi o jovem Felipe Caetano. “Para as crianças que nos assistem, meu recado é: informem-se, empoderem-se sempre. Estamos vendo pessoas que sofreram abusos na infância se tornando especialistas, juristas e entrando nessa briga em defesa da infância e da adolescência. O trabalho infantil mata a criança que existe dentro de cada um. Não podemos deixar isso acontecer. Essa briga é de todos nós”, finalizou ele.


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