Evento discute o panorama do trabalho infantil no Brasil


Evento virtual de FURNAS discute o panorama do trabalho infantil no Brasil e aponta saídas


Antes da pandemia, já havia mais de 1,7 milhão de crianças e adolescentes brasileiros nesta situação


Publicado em: 11/06/2021

Pela primeira vez em duas décadas, o trabalho infantil atinge um total de 160 milhões de crianças e adolescentes no mundo, de acordo o novo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), de junho/21. No Brasil, antes da pandemia, já havia mais de 1,7 milhão de crianças e adolescentes nesta situação. Para marcar o Ano Internacional para Eliminação do Trabalho Infantil e o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, neste sábado (12), FURNAS realizou ontem (10) o webinar “As Empresas no Enfrentamento do Trabalho Infantil”.

Ana Claudia Fernandes Gesteira, superintendente de Comunicação da empresa, abriu o evento virtual, que contou com a participação de Djair Silva, representante do programa Empresa Amiga da Criança, da Fundação Abrinq, com o qual FURNAS mantém parceria desde 2017; e Maria América Ungaretti Diniz Rego, integrante do Conselho Municipal de Direito da Criança e do Adolescente (CMDCA-Rio).

Ana Gesteira ressaltou a relevância do apoio de FURNAS às iniciativas que combatem uma das mais desafiantes violações dos direitos da criança e do adolescente. Lembrou ainda que a empresa está alinhada com o Pacto Global proposto pelas Nações Unidas e vem desenvolvendo diversas ações para cumprir as metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS).

“As empresas cada vez mais precisam ter um olhar criterioso para a legislação trabalhista e FURNAS sempre teve essa preocupação em disseminar o Estatuto da Criança em parceira com os Conselhos Tutelares. O nosso compromisso tem sido desenvolver projetos que ajudem a reverter a situação do trabalho infantil e quebrar esse ciclo de pobreza. Isso é de extrema importância para as nossas comunidades, principalmente com a pandemia”, afirmou.

Em sua fala, Djair Silva informou que a maior concentração do trabalho infantil acontece no Sudeste e Nordeste, sendo que no estado do Rio de Janeiro são mais de 30 mil crianças e adolescentes nessa situação. Ele ressaltou a importância da responsabilidade social nas empresas, em todas as etapas de gestão. Apontou, ainda, o programa de aprendizagem como uma das opções que podem ser implantadas para ajudar na mudança desse cenário.

“Parabenizo FURNAS por congregar todos os seus parceiros para discutir um tema de extrema relevância. O trabalho infantil mata e perpetua o ciclo da pobreza, impedindo que (as crianças e adolescentes) possam pensar outros horizontes. Não é de responsabilidade dessa criança e adolescente o sustento da família. Eles precisam de acesso à educação, cultura, esporte, lazer, convívio com a família e amigos para o desenvolvimento integral. Esses aspectos não podem ser substituídos por trabalho. As empresas podem ajudar a mudar essa realidade e construir uma nova consciência”, pontuou.

Maria América Ungaretti Diniz Rego abordou o aspecto social na exploração do trabalho infantil. Os dados do IBGE revelam que, com todas as iniciativas nacionais implantadas, conseguiu-se uma redução do trabalho infantil no aspecto formal, mas alguns desafios impedem a erradicação do mesmo. Entre eles está a necessidade de se criar estratégias que possibilitem a mudança no paradigma de que a pobreza está relacionada diretamente com marginalidade. Outro aspecto são os modelos econômicos excludentes, principalmente no que se refere ao trabalho informal.

Para a palestrante, a pandemia também escancarou outro desafio: a desigualdade na educação que resultou no aumento da evasão escolar dos que vivem na pobreza ou extrema pobreza. Acrescentou ainda, o fato da escola não conseguir corresponder as necessidades dessas crianças e adolescentes.

“São muitos os desafios para erradicar de vez o trabalho infantil. FURNAS tem um comprometimento grande como empresa e está nessa caminhada de ampliar e mobilizar outras instituições. Há a necessidade de definir políticas públicas que alcancem todas as crianças, independente de raça ou classe social”, enfatizou ela.


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