Usina de Campos


Crédito: Arquivo FURNAS


A construção desta usina no estado do Rio de Janeiro, foi autorizada pelo Decreto nº 49.638, de 30 de dezembro de 1960, publicado no Diário Oficial nesta mesma data. Seu nome original era Usina Termelétrica Roberto Silveira. Passou a ser denominada Usina Termelétrica de Campos a partir de julho de 1977, quando foi transferida da CELF – Centrais Elétricas Fluminenses S.A., para FURNAS Centrais Elétricas S.A.

O início das obras civis se deu em 1963. Os principais equipamentos da usina, tais como caldeiras e turbogeradores, foram fabricados no Japão, pela Mitsubishi Heavy Industries, em 1961. A unidade 1 entrou em operação em 20.12.68 e a unidade 2, em 11.03.71.

Devido ao alto custo do petróleo, o gerador 1 foi convertido em compensador síncrono entrando em operação comercial em abril de 1981.

Em novembro de 1996, iniciaram-se os trabalhos de desconversão do compensador síncrono para gerador, pois estudos elétricos realizados pelo Departamento de Estudos Elétricos da Empresa não indicaram a necessidade da Unidade 1 operar como compensador síncrono.

Dada a situação energética prevista para o ano de 1997 e o comprometimento contratual de FURNAS com o sistema, para disponibilizar a geração de 25 MW médios de energia garantidos pela usina, o Departamento de Comercialização de Energia Elétrica e Planejamento de Operação de FURNAS recomendou que as duas unidades geradoras fossem mantidas disponíveis como geradores convencionais.

A partir da decisão da Petrobrás de instalar um gasoduto até a cidade de Campos, FURNAS, diante da disponibilidade de gás, decidiu pela adaptação das caldeiras da usina para queima de gás natural, já que uma das vantagens de tal conversão seria a de atender exigência feita pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente para a concessão da licença de operação definitiva da usina.

O processo de adaptação das caldeiras da Usina de Campos para utilização de gás natural como combustível foi concluído em 27.08.98 (unidade 1) e 04.09.98 (unidade 2). Simultaneamente, foi realizada a modernização da instrumentação de supervisão e controle dessas caldeiras.

A usina possui, ainda, uma subestação com um barramento de 69 kV e outro de 138 kV. Além de sua geração própria, a usina recebe energia da Subestação de Campos e a envia para a cidade de Campos e circunvizinhas, através de quatro circuitos de 69 kV e quatro circuitos de 138 kV.


Dados técnicos


Turbinas

  • Quantidade: 2 conjuntos
  • Fabricante: Mitsubishi Shipbuilding & Engineering Co. Ltd.


Condições de vapor

  • 65 kg/cm²
  • 485ºC
  • Extrações: 3
  • Velocidade: 3600 RPM
  • Pressão de exaustão: 715 mm/Hg


Gerador

  • Fabricante: Mitsubishi Electric Corporation
  • Tipo: resfriamento interno, de dois polos síncronos, de rotor cilíndrico com resfriadores de ar
  • Frequência: 60 Hz
  • Tensão: 13800 V entre fases
  • Velocidade: 3600 RPM
  • Fator de potência: 0,8
  • Potência: 18750 KVA


Caldeira

  • Fabricante: Mitsubishi Nagasaki
  • Capacidade: 67 t/h


Condições de vapor

  • No superaquecedor: 65 kg/cm² a 485ºC
  • Na entrada da turbina: 60 kg/cm² a 480ºC
  • Superfície total de aquecimento: 1360 m²
  • Pressão do projeto: 74 kg/cm²


Condensador

  • Fabricante: Nagasaki Works Mitsubishi
  • Superfície: 1000 m²
  • Tipo: Condensador de superfície - passe duplo
  • Tubos: latão